Tuesday, September 29, 2009

CineQuote

"Sin dinero nena, no coche, no chica, no rimel, no vicios! Estoy histerica!"

Laberinto de Pasiones (1982)

Thursday, June 11, 2009

Saturday, June 06, 2009

I want to adopt a Relic




Adoradas Leitoras

Revi hoje mais um clássico que nos faz Europa: Turandot de Giacomo Puccini. Pus-me a pensar, o que será mais cálido: se um amor ardente de um renegado por uma princesa frígida ou actuar com dez mil robes sobre a pele e ainda assim soar gloriosa.

Fez-me recordar "Adeus, minha concubina". Sinto-me tão atraída por tudo o que seja asiático. Tudo desde sírios em tronco nu a bolas chinesas, tudo na Ásia tem um pedaço de enigma milenar.

Tenho de apontar, para não esquecer, que lá para o Inverno, em desejos de Ano Novo, vou querer rechear o meu casulo com peças fabulosas, únicas, lindas, toscas. Pena que o que se encontra à venda em estabelecimentos comerciais geridos por Chineses não se encontrem aqueles pequenos tesouros, tão frescos, tão recentemente desenterrados e desencaminhados em contentores para todo o mundo, ainda com o cheiro a terra e com o arqueólogo firmemente agarrado a eles.

Pena que para essas transações tão proveitoras que põem 20% do mundo a conhecer a riqueza cultural dos outros 80%, não se possam fazer numa qualquer lojinha mesmo à mão.

Recorremos ao método obvio, mas com reservas!

There is someting so unexciting in buying exciting things online

Sunday, May 31, 2009

Yo en Saturno, tú en Aranjuez

Nuevo disco de LA PROHIBIDA "Señor Kubrick, ¿Qué haría usted?"

1. Terechkova
2. Cuando dos electrones chocan
3. One Way Interrail
4. La Conexión
5. La Química me ha dado lo que tu no me das
6. Estás donde tienes que estar
7. Esto no es Amor
8. Yo en Saturno, tú en Aranjuez
9. Nunca más (a dúo con Spunky)
10.Menos mal
11.Sr. Kubrick, ¿qué haría usted?
12.El mundo alrededor

Descarregue aqui

Sunday, May 03, 2009

The Buzz

Music Box Club em Lisboa recebe La Prohibida dia 12 de Junho às 23 horas.
A não perder!

The Bitch is Alive and Kicking!









e para terminar em beleza, minhas caras leitoras, um clássico:



Em tom de conclusão, um pensamento:

There is nothing wrong with going to bed with someone of your own sex. People should be very free with sex, they should draw the line at goats.

Thursday, March 19, 2009

Bankruptcy


Após este doloroso interregno regresso para vos contar as minhas aventuras campestres. Decidi que este meu ano quase sabático seria passado numa calmaria bucólica.

E que melhor sítio para vivenciar a luta de classes do que no meio da labuta diária... dos outros. Eu adoro o Proletariado e o Capital. Tem tanto de erótico. Divirto-me a ver passear famílias arruinadas em que a matriarca conserva somente três cabelos brancos amarrados num bouffant glorioso e, por sua vez, os novos rebentos esticam ao máximo as roupas de spandex.

O marido tem uma amante que leva arraias de porrada do primogénito viril com o consentimento da mãe e o conhecimento da família inteira. A mãe faz Richelieu e comenta as amantes dos outros quando sai para comprar fio.

Conservam somente a casa decrépita já que tudo em volta foi loteado ou vendido à criadagem. Têm idas esporádicas ao Porto para comprar tecidos e regressam invariavelmente à mesma modista que leva muito em conta.

O menino tem um hárem de social climbers, umas mais ou menos rústicas, com as quais entretém os anseios de continuidade, apesar de manter relações incestuosas com umas quantas primas e umas experiencias sórdidas com um qualquer cavador de vinhas.

A menina tem tiques de realeza mas já não toca piano porque está no prego ou por afinar. Tem jeito de menina dócil, riqueza de seu pai e à noite desliza as mãos entre os glúteos e confirma as virtudes do matrimónio, tantas vezes lhe confiadas por alguma criada de língua mais solta.

Há espécimes para todos os gostos. Como dizia Almada Negreiros, temos "os Vaz, os Estrela, os Lacerda, os Lucena, os Rosa, os Costa, os Almeida, os Camacho, os Cunha, os Carneiro, os Barros, os Silvas, os Gomes, os velhos, os idiotas, os arranjistas, os impotentes, os celerados, os vendidos, os imbecis, os párias, os ascetas, os Lopes, os Peitoxos, os Motta, os Godinho, os Teixeira, os Câmara, os diabo que os leve, os Constantino, os Matos, os Alves, os Albuquerques, os Sousas e todos os Dantas" que por aqui andam e aqui me divertem de morte!

E no entanto, para meu espanto, como os entendo:

Anyone who lives within their means suffers from a lack of imagination

Sunday, February 08, 2009

Katrina made me black!


Não sou decididamente mais negro que algumas escritoras portuguesas de livros de etiqueta, mas recordo estar a assistir à reportagem em directo do furacão, toda a miséria e de um momento para o outro fiquei tão sensível à Black Agenda. Vou ser questionado... mas o que é a Black Agenda? Muito semelhante à Gay Agenda, muitos defensores de ambos quereriam melhores lady lumps.

Regresso ao que me trouxe até vós porque, como já vos contei, de súbito, tudo o que é black me interessa: Oprah. Sim, meus caros, toda a Black Agenda passa por esta senhora, e agora muito mais, com Mr Obama na Casa Branca. Devo confessar que cheguei a ignorá-la, a desprezá-la. Ela era a minha vizinha, amiga de sempre, companheira de maus e bons momentos até que subitamente, aqueles vestidinhos de gola alta e manga comprida com a botinha a sair desapareceram. A cada programa mais magra até que me surge com um Mark Jacobs minúsculo. Era vê-la extasiada:

I've done iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiit, peopleeeeeeeeeeeeeeeee!

Felizmente para todas nós, foi sol de pouca dura. Vocês sabem demasiado bem o que eu penso sobre a Oprah, eu adoro-a mas ela acha-se Cristo. E quando se corta com papel é logo Oh... stigmata! Para vós, leitoras e leitores que se debatem com aquele peso a mais lembrem-se...

Every pound Oprah puts on is like a little hug from Jesus.

Friday, February 06, 2009

Oh honey, he's gay...


its not like you people ever walk away...

Melhor teria sido mantê-lo à trela mas não o quiseste. E assim podia começar uma noite chorosa a comer Mint Milanos, a açoitar a criada e a recordar os tempos em que ser solteiro era so much fun. Por isso, quando tudo na vida te corre mal, quando não vislumbras um amor brûlante, o que te resta é, claro está, imaginar o destino de uma hipotética lua de mel!

Sempre foi de todas as leituras de salão de cabeleireiro, para além de extractos bancários escandalosamente preenchidos, a minha leitura preferida a Conde Nast Traveller. Quantas senhoras requintadas já não se ofereceram a ser contempladas com viagens de borla somente para serem surpreendidas com a necessidade de escrever uma review de 500 palavras e acabarem tristonhas no Salão Preto e Prata do Casino Estoril... Rejection can be so depressing.

O que mais me atrai em destinos exóticos é a lista de bebidas que o voo oferece... a si e ao seu companheiro de viagem abstémico que, naturalemente, não se fará de rogado. Mas há algo de mágico, de sublime na qualidade das pessoas dessas terras longínquas... tão pequenos são os órfãos e quantas malas conseguem eles carregar.

O momento da escolha do destino é sempre muito complicado. Slogans como "Massage with the Massai" ou promessas de "Refugees to stamp out your celulite" deixam-me completamente extasiada. Quando chego ao consultório para levar as vinte vacinas perco o interesse. Dá-me vontade de jantar no Maxim's e esbanjar dinheiro em Dior...Aí sim estarei preparada para cocktails em cabanas de colmo e jantares volantes em campos de morte! Só assim terá piada desfilar com o meu novo Vera Wang sobre tantos Wangs. Aí, apesar de solteir@ poderás dizer, lound and clear:

I punked the All Mighty

Thursday, January 08, 2009

It's not just for life, it's for Christmas


Adoráveis leitores, Val d'Isere estava fenomenal. Every rich bitch from NY was there.
Voltei ainda mais vitaminada e mais fulgurante. Depois do meu encontro fugaz com o instrutor de sky Hans pus-me a pensar na vida triste de tantos trabalhadores. Sempre adorei o proletariado. Por isso guardo o recibo de quando os pais da minha criada de casa ma venderam na Bolívia.

Mas assolou-me ainda um pensamente mais tenebroso do que imaginei à partida. Os pobres, coitados, sofrem incomensuravelmente com a fome, a roupa por lavar, o pó em casa, os problemas eléctricos. Contudo, os ricos, esses têm de lidar com doenças congénitas. Inbreed sucks!

Nestas alturas compreendo perfeitamente o que deve sentir uma gata depois de dar à luz milhares de pequenos gatinhos premiados.

O que se poderá fazer contra isto? Pouco presumo eu. Tudo porque estar ao lado dos ricos e famosos, por detrás dos ricos e famosos, *debaixo* dos ricos e famosos é tão apelativo. Mesmo que se resuma a acordar debaixo do Keith Moon num quarto de hotel algures.

Submete-te a todas as cirurgias necessárias para que o teu rejuvenescimento te garanta que o Roman Polanski vai olhar para ti com um ar libidinoso. Tens de te libertar do mundo em tons de cinza e macmoda e repetir comigo:

Goodbye aging obscurity and "Hello" Magazine.